terça-feira, 21 de dezembro de 2010




Se nós pudessemos viver em um conto de fadas, ele seria igual às velhas histórias, com algumas substituições. Um príncipe poderia continuar sendo um príncipe, do tipo gato. Ele te busca pra jantar, mas ao invés da carruagem ele abre a porta do carro pra gente entrar. Você não coloca um vestido todo rodado e com mangas bufantes, mas mesmo assim você escolhe o seu melhor vestido, passa um perfume incrível e sente aquele frio na barriga só de pensar como pode ser sua noite.

No outro dia, depois de uma noite maravilhosa mas mal dormida, você acorda atrasada, coloca a primeira roupa que vê pela frente e sai correndo para o trabalho. Daí você enrosca o sapato na plataforma do metrô, com toda vergonha do mundo abaixa para pegá-lo, calça novamente. Sem perder a pose você entra no vagão como se nada tivesse acontecido. Diferente do conto de fadas você não podia perder seu sapato, porque não é qualquer sapato: é AQUELE sapato que você namorou por meses na vitrine, esperou entrar na promoção, dividou em 3 vezes no cartão assim que o mês virou (pra primeira fatura demorar pra chegar, sabe?).

E sabe porquê? Porque você é como todas nós mulheres saídas de um conto de fadas moderno: uma Cinderela de Metrô.



Blogger : Cinderela de Metrô.

Soneto 74 - Camões


Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luís Vaz de Camões)

PRESENTE

O cidadão vai pra PORTO SEGURO - BA, e me traz de presente uma foto.

Eu mereço?!

Fee, você é louco. HASHAHSHAHS'